Na passada sexta-feira, dia 26 de fevereiro de 2021, deu-se o primeiro ataque militar ordenado pelo presidente Joe Biden, responsável pela morte de 23 pessoas. Em pouco mais de dois meses de mandato cumprido, o presidente Biden já conta com um ataque militar.
É importante salientar um episódio semelhante na presidência Trump, em que o ex-presidente ordenara um ataque que tinha como missão assassinar o chefe máximo das forças armadas iranianas, Qassem Soleimani. Foi um momento em que Trump foi altamente criticado pelos seus opositores, tendo sido insultado de criminoso, lunático e até mesmo acusarem-no de ter iniciado uma terceira guerra mundial. Este tinha sido o primeiro e único ataque militar ordenado por Donald Trump e uma decisão que chegou ao final de mais de três anos de mandato.
Mas, então, esteve Joe Biden bem em ordenar este ataque?
Este ataque militar teve como principal objetivo eliminar membros de dois grupos terroristas apoiados pelo Irão (Hezbollah e a Sayyid al-Shuhada), responsáveis pelos ataques às bases militares americanas no Iraque que resultaram em um morto e alguns feridos.
Portanto, sim, na minha opinião, o presidente Joe Biden esteve bem em ordenar este ataque.
Se esteve bem, qual é, então, a crítica?
A crítica não é apenas uma, mas sim duas.
A primeira crítica deve-se ao facto de Joe Biden, enquanto ex-vice-presidente, ser um grande crítico desta ação militar de Donald Trump, tendo este considerado o ataque de janeiro de 2020 uma “grande escalada” e ter acusado Trump de ter “atirado dinamite para um barril de pólvora”.
A segunda deve-se ao facto de os órgãos de comunicação social noticiarem dois episódios semelhantes de duas maneiras completamente distintas. Enquanto que o ataque de janeiro foi noticiado em todos os órgãos de comunicação social e com títulos sensacionalistas como, “Trump mata general Iraniano”, desta vez, os títulos eram menos cáusticos, sendo o mais agressivo: “EUA bombardeiam bases terroristas com a aprovação de Biden”.
Vai uma grande diferença.
Daniel Sousa